terça-feira, 24 de outubro de 2017

Deixando o Sol entrar

O anos foram passando e cada vez menos ela ia ate aquele lugar. As visitas foram se tornando menos frequentes, e um dia, ela simplesmente abandonou. As grandes janelas que tanto receberam a luz do sol, foram seladas. As portas trancadas para que ninguém entrasse.
O espaço mesmo com as imperfeições, antes sempre iluminado deu lugar ao pó e a escuridão.
E ele permaneceu assim, lacrado, abandonado. O que ela não imaginava era que esquecer daquele lugar, também a faria esquecer parte de quem ela era.
As vezes lembrava e ia ate lá, caminhava por entre os destroços e a penumbra. Se perguntava onde foi parar aquela menina que tanto dançou, se inspirou, sorriu e chorou ali. Aquilo a fazia sorrir, mas não reabrir as janelas.
Mas hoje alguém falou daquele lugar e de como amava estar lá. Isso mexeu dentro dela e não saiu dos seus pensamentos. Foi então que decidiu visita-lo mais uma vez. Ela entrou e seu olhar percorreu cada canto. Tantas lembranças vieram a tona e até um  pouco triste ficou, afinal como ela pode deixar que parte de sua essência se perdesse assim?
Ela então decidiu, reabriria as janelas, destrancaria as portas! Permitiria que sol invadisse aquele lugar, deixaria se inspirar outra vez.
Talvez ela não conseguisse ser tão frequente como antes, mas agora as janelas permaneceriam abertas. Ela deixaria ser conduzida novamente.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Simplesmente sentir


Eu olho para o céu, sinto o vento bater em meu rosto e suaves gotas de chuvas a cair. Não ouço o barulho dos carros ou do movimento das pessoas na rua. Ouço apenas o som da música em meus ouvidos e ela é minha fala em meio ao meu silêncio.
Estou parada e nada mudou ao meu redor, apenas um sorriso e uma lágrima surgem...
Fecho meus olhos e sinto uma alegria me invadir. Respiro fundo e o sorriso é incontrolável. As lágrimas se confundem com as gotas de chuva.
Estou imersa em meu mundo, mesmo estando aqui...
Olho em volta, as pessoas correm para se proteger, os carros aceleram para chegarem mais rápido ao seu destino. Outros reclamam das gotas que caem. Uns gritam, outros buzinam e percebo que cada dia essa turbulência aumenta e os momentos de simplesmente sentir, sorrir e viver se tornam mais escassos.
Eu corro e volto ao meu caminho pensando: como me sinto uma estranha em minha própria terra, uma estrangeira em um lugar completamente (des)conhecido. Sinto-me caminhando na direção oposta a uma multidão.
Talvez eu não seja muito normal mesmo... Gosto de coisas que maioria, talvez, nem note... Gosto de livros, de ficar olhando o por do sol. Gosto do barulho da chuva na minha janela. Gosto de dias nublados e de músicas que "falem" comigo.
Gosto de coisas antigas e de ouvir histórias. Gosto do outono e de ver as folhas caírem.
Porém, mesmo em uma era tão agitada não abro mão de sonhar, de viver e de sentir o presente. De  aguardar ansiosamente pelo futuro, mesmo que seja algo novo e completamente desconhecido.
Não abro mão das coisas simples. Não abro mão de, por alguns momentos, me desligar dessa correria, fechar meus olhos e simplesmente sentir...

A música dos meus ouvidos: Sublime, Leonardo Gonçalves.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Encontrei


Eu encontro ânimo em suas palavras
Eu encontro segurança em seus braços
Eu encontro compreensão em seus olhos
Eu encontro alegria em seu sorriso

Tudo o que procurei encontrei em Ti.
O vazio que me corroía foi preenchido quando te encontrei. A escuridão que me cobria se dissipou com a Tua luz.
Minhas lágrimas transformaram-se em sorrisos e a minha guerra virou paz.

Ao te encontrar eu me encontrei e percebi, posso correr e procurar em mil lugares, mas tudo o que preciso está em Ti.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Coisas Simples


Ela abriu e fechou os olhos. Sorriu ao ver pequenas estrelas no céu.
Era uma noite fria e enquanto caminhava esfregava as mãos para se aquecer e se abraçava para que a sensação de frio diminuísse. Abriu a boca e viu o ar gélido sair por ela.
Não demorou muito para que chegasse ao seu destino: uma cafeteria a duas quadras de sua casa. Sorriu ao entrar... o aroma do café, o ambiente acolhedor, fazia se sentir tão bem...
Sentou-se e de dentro da bolsa tirou um livro.
Logo ela se desligou do ambiente a sua volta, ficou imersa em seu livro, apenas o aroma do café fazia com que voltasse. Foi quando ela ouviu a porta se abrir.
Ela levantou os olhos e seus olhares se encontraram. Ambos sorriram. Ele caminhou em sua direção e deu um suave beijo em seus lábios. Marcou a página, fechou o livro e ficaram conversando, sorrindo, brincando, sempre de mão dadas.
Não era preciso muito para que ela se sentisse completamente feliz. Pequenas coisas, coisas simples faziam com que brotasse um sorriso, não apenas externo, mas uma alegria que vem da alma.
Um bom café, um bom livro e a companhia das pessoas que ama era suficiente para fazê-la feliz. :)

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Eu e Ele?



*Clomar e Priscila
Eu e ele?
Somos água e vinho.
Eu e ele?
Somos sol e lua
Eu e ele?
Somos preto e branco
Eu e ele?
Somos um, onde as diferenças não repelem, mas unem. Onde a lei da física se aplica: os opostos se atraem.
Onde o ser totalmente diferente é como peças de um quebra cabeça que se completam!

Te amo hoje e sempre – 12/05/2012 5 anos de casamento :)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A cada manhã

Relógio tocou, eram 05:00 da manhã. Era uma madrugada fria e repleta de estrelas brilhantes no céu. Lá estava ela, a lua imponente com seu brilho cálido e doce. O céu logo começaria a revelar o tom alaranjado da manhã, o sol surgiria e a lua e as estrelas dormiriam.

Para ela era o momento mais bonito do dia. Lua e Sol se encontrando. Opostos dividindo o mesmo espaço.

Ela sorriu ao ver os pequenos raios de sol a surgir, pegou sua xícara de chá, enrolada em seu cobertor sentou-se na varanda. Ficou pensativa, imaginando quantos estariam dormindo ainda, perdendo aquele espetáculo da natureza.

Ela sabia que era diferente, a maioria das pessoas a chamariam de louca por acordar tão cedo só para ficar ‘olhando’ o céu. Mas não era só isso, aquele momento lembrava sua infância, seu avô que era apaixonado por estrelas, pelos mistérios contidos no universo.

Desde então ela sempre acordava para ver o sol nascer. Se estava triste, tudo passava. Se estava alegre, ficava ainda mais. Se havia dúvida, era o momento de colocar tudo no lugar.

Olhou o relógio, já eram quase 06:00 da manhã, as horas passavam rápido ali. Logo já iria para o trabalho e enfrentaria todos os dragões que a aguardavam. Mas não tinha medo dos desafios, cresceu enfrentando muitos. Vencendo alguns, foi derrotada por outros, fazia parte da vida.

Olhou mais uma vez para o céu e sorrindo agradeceu a Deus por mais um dia. Levantou-se e entrou, largou a xícara vazia na cozinha e começou a se preparar enfrentar mais um gigante, lembrou-se então dos ensinamentos do seu avô: “ É na manhã que tudo se faz novo. Mesma história, em uma nova página e você define o que vai escrever nela.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Baú de Histórias

Olá meus amigos blogueiros!

Faz muito tempo que não venho dançar por aqui.
É sempre a mesma desculpa... Falta de tempo, a correria. Mas é a mais pura verdade, essas loucuras do dia a dia, quando vc vê o dia passou e metade das coisas que se pretendia fazer, não foi feito. rsrs..
Porém, vim aqui para trazer uma notícia... Não sei se vocês sabem, mas além da minha paixão pela dança, tenho outra tão intensa quanto esta: são os livros!
Faz tempo que tenho vontade de criar um blog que expresse um pouquinho essa paixão e por isso deixei a correria de lado e criei!

É o Baú de Histórias !
Lá vou ter um cantinho para compartilhar um pouco desse amor pelos livros!

Aguardo a visita de vcs por lá também! Espero que vocês gostem do Baú !

Abram o Baú e descubram as histórias guardadas nele!

Cliquem aqui para ir ao Baú de Histórias !

Até mais!