sexta-feira, 20 de junho de 2008

Confiança

O que fazer quando não consigo ver?
Olho em volta, mas meus olhos só vêem a escuridão
Tento avançar
Estendo os braços tentando me equilibrar
Tento gritar, mas minha voz não sai
Prostro-me... Estou sem forças...

Nesse momento sinto um toque suave sobre minha cabeça e como um bálsamo algo começa a escorrer pelo meu corpo, me aquecendo, me fazendo sentir viva!
Sinto então mãos ternas segurando as minhas, como as de um pai erguendo um filho...
E ouço uma doce voz que me diz:
“Descanse, confie em Mim”.
Aquela voz tão suave, tão doce me faz sentir segura. Permaneço na mesma situação, tentando enxergar, mas agora há mãos a me guiar.
Vou avançando, por vezes tropeçando em pedras que não vejo, mas toda vez que tropeço aquelas mãos me seguram firmes não me deixando cair!
Percebo então, minha total dependência Dele, assim como um filho ao Pai, como a criança que descansa em seu colo sem se preocupar, porque sei que ali é um lugar seguro.
E por mais que meus olhos não vejam, Ele está a meu lado pronto a estender Sua mão se necessário!

"O Senhor firma os passos do homem bom e no seu caminho se compraz; se cair, não ficará prostrado, porque o Senhor o segura pela mão".
Salmos 37:23 e 24

segunda-feira, 9 de junho de 2008

O Artista e Suas Obras


Estava Ele em meio a Seus projetos, Seus sonhos, Suas criações. Em Seu atelier imaginava tudo aquilo pronto!
Começou pintando suas telas, suas grandes obras de arte. Pintou o céu, o mar e a terra, colocou o sol para iluminar o dia e a lua para clarear a noite. Pintou cada lugar, como era em Seu sonho, o sonho do Pintor.
Vendo que tudo ainda permanecia em silêncio, colocou mais cores em suas telas, colocou a música, o som do quebrar das ondas e o canto dos pássaros. Ainda observando Sua criação viu que apesar da música tudo continuava imóvel, então criou o movimento, a dança!
Ele ficou a admirar Suas telas, as Suas criações e percebeu que as flores e árvores dançavam ao som do vento e os pássaros elaboravam coreografias perfeitas ao som de seus cantos.
E o Artista se alegrou sobremaneira com Sua criação.
Então por um momento Ele parou, tudo estava perfeito, mas faltava algo. Abriu Seus cadernos e ali viu Suas obras primas, Suas maiores criações... Ainda eram apenas esboços, sem forma, mas aqueles desenhos seriam Sua maior criação!
Resolveu então esculpir, pegou o barro e começou a dar forma a Seus vasos. Ele se dedicou pacientemente a criação de cada um deles, tirando as imperfeições e a forma que não O agradava. Vasos, todos diferentes, cada qual com seus detalhes únicos, mas todos de mesma importância para o Criador!
Dentro deles colocou jóias de valores inestimáveis... Eram seus dons, suas habilidades, aquilo que determinaria o lugar onde o vaso deveria ser colocado. Ele se alegrou com Sua criação e chamou os vasos... De Homens!
Vendo que seriam muitos resolveu criar uma história para cada um deles e começou a escrever... Deteve-se imaginando e sonhando com cada vaso e criou uma grande biblioteca, onde colocou os livros escritos por Ele, onde havia em suas páginas, Seus sonhos, Seus projetos e Seus desejos para cada vaso criado!
Agora sim, Seu atelier estava completo, ali estavam todas as obras de Suas mãos e o Artista ficava a admirar Suas criações.
Já finalizando, cansado, pois estava ali há dias, faltava apenas um toque... A Vida em Seus vasos! Ergueu-se e soprou o fôlego... E a vida se fez presente dentro deles!
O Artista amou Sua criação, tanto que deu a eles o poder de escolher, mas sonhava que Sua obra cumpriria tudo aquilo que Ele designou, tudo que escreveu para eles, mas a partir daqui, a continuação da história dependia das escolhas de cada vaso...
"Graças Te dou, visto que de modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as Tuas obras são admiráveis e a minha alma o sabe muito bem..."
Salmos 139:14