quarta-feira, 30 de junho de 2010

O olhar do Pai

Seus olhos brilhavam naquele momento, Ele sorria ao observar o seu filho pela pequena abertura da porta.
O pequeno tentava levantar-se. Forçava suas pernas, apoiava seus braços, mas ainda lhe faltava segurança para manter-se em pé e assim o pequeno sempre caía.
[... O Pai sorria observando aquela situação.]
O menino nem notou que estava sendo observado, continuava tentando levantar-se, mas suas forças não eram suficientes para colocá-lo em pé. E novamente lá estava ele caído no chão.
Foi nessa hora que seus olhos se encontraram com os olhos do Pai, o pequeno sorriu estendendo os braços, num singelo pedido de ajuda e prontamente o Pai sorrindo foi de encontro ao filho.
Levemente o Pai colocou de pé e pouco a pouco foi soltando suas mãos para que ele pudesse andar sozinho. O menino com o olhar um pouco assustado, com as pernas ainda um tanto bambas, olhou de um lado para outro viu que não se apoiava em nada, temeu e sem mover um pé estendeu os braços. O Pai deu um longo passo para trás e o chamou, com um pouco de receio tirou um pé e sorrindo o colocou na frente, mas no outro suas pernas se enrolaram e ele caiu.
Triste o menino, olhou para o chão, o Pai sorrindo tomou-o nos braços e colocou em pé novamente. O pequeno sorriu, sentia-se seguro, pois apesar das quedas seu Pai estava ali pronto a colocá-lo em pé mais uma vez.
O pai distante, mas com os braços em torno do filho, sorriu como num convite para que ele viesse ao seu encontro. O filho retribuiu ao sorriso e com os olhos cheios de alegria, deu um, dois, três passos e abraçou o Pai!
O Pai pegou-o no colo e girava com o filho no ar, ambos sorriam pela conquista alcançada!

O menino cresceu e começou a andar por suas próprias pernas, porém daquele momento em diante viu onde estava sua segurança, sua torre forte. Percebeu que não importa quantas forem as quedas ou mais dolorosas que elas sejam, o Pai estará sempre ali pronto a colocá-lo de pé!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alegria

Minha imaginação não pára, meus pensamentos voam, meus olhos e meus lábios sorriem e o meu coração encheu-se de alegria.
Quero calçar as sapatilhas e ao som da música mais doce e alegre quero dançar, quero por ela me expressar, sentir...
Meus pés, meus braços, minhas mãos falam! Meu corpo expressa o que sinto, o que vivo!
Não me importo por tropeçar, isso me faz até sorrir. Não me importo por errar e até cair, minha motivação não está em passos executados com perfeição, quero apenas sorrir, sentir, viver, expressar o que lateja aqui dentro de mim!
Quero ser eu com minhas virtudes e meus defeitos!
Quero dançar até meu corpo cansar, quero dançar até meus pés perderem o chão e tudo isso por quê?

[...]

Porque sou grata e feliz por tudo que fizestes, fazes e irás fazer por mim!


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Resgate

Afonso nasceu escravo. Crescera de baixo de jugo, desdém e humilhação. Desde cedo as palavras que mais ouvia eram de desprezo. Ele crescia com o coração cheio de feridas e rancor.
O tempo passou, o menino se tornou um homem cheio de amargura, medo e cicatrizes profundas na alma, por seu ar triste e sombrio era vendido, humilhado, pisado e diante dos homens não possuía valor algum.
Quando num dia, um Senhor possuidor de grandes terras, rico e bondoso, viu o pequeno jovem e tomado por compaixão foi ao encontro daquele que o possuía e perguntou o preço que este queria pelo escravo.
A reação do dono foi rir e dizer: “este que você quer? Ele não vale nada, é um inútil!”. Afonso apenas ouvia e concordava com as palavras do seu Senhor.
O Homem novamente o questionou sobre o valor daquele escravo e por não haver obtido resposta, tirou de dentro do casaco uma grande quantia para comprá-lo. Surpreso, aquele que o possuía sorriu maliciosamente, pensando que o comprador era ingênuo, levava algo sem valor, mas sorriu, por estar ganhando com isso.
Afonso não entendeu nunca ninguém havia olhado para ele daquela forma, ele se questionava: “porque aquele homem queria tanto comprá-lo!?” Seu coração estava com medo, mas ao mesmo tempo ele se enchia de paz!
O bom Senhor, o levou para sua casa, tirou-lhe os grilhões, deu-lhe um banho, trocou suas vestes sujas, rasgadas por novas e limpas, dignas de um príncipe e o disse para Afonso se preparar para um banquete que haveria a noite.
Afonso cheio de alegria, mas sem entender, fez tudo como seu Senhor havia mandado.
No banquete, com os olhos mais ternos o Senhor disse a Afonso: “você não é inútil e muito menos sem valor, hoje te entrego sua carta de alforria, agora você é um homem livre e poderá seguir o seu caminho!”
Afonso sem entender, pensava: “liberdade, eu nunca esperei por isso.”. Com os olhos cheios de lágrimas, se jogou aos pés do seu Senhor e disse: “por quê? Ninguém nunca teve compaixão de mim? Eu nasci, sou escravo!”. O Senhor com voz mansa disse: “não, não te comprei para que fosses meu escravo e sim meu amigo”!
Afonso ficou sem palavras e foi tomado por amor que não cabia no seu peito por aquele que o havia resgatado de uma vida sem futuro. E com este amor unido a mais profunda gratidão e a mais intensa alegria Afonso DECIDIU serví-lo, ele agora ESCOLHERA, era LIVRE! Porém deste momento em diante não mais como escravo, mas sim como AMIGO!

Porém será que, dizendo-te ele: Não sairei de ti; porquanto te ama a ti e a tua casa, por estar bem contigo”.
Deuteronômio 15:16

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Não me canso de ouvir


Sonda-me oh Deus
Pois conheces os meus caminhos
De longe penetras, meu pensar e o meu coração

Se aos céus eu for ou se no abismo for
Ali Tu estás
Se tomo as asas da alvorada e vou ao mar
Tua mão me guiará

Eu fui criado, eu fui formado
Tu me teceste com Tuas mãos
Que lindo, que momento mais sublime, Senhor
Ver que no oculto eu fui formado por TI

Que preciosos, que maravilhosos
São os Teus pensamentos que só Tu tens para mim
Eu os contaria, contaria
Sem chegar ao fim, isso mostra que eu nada sou
Ministério Brasa
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[suspiro...] Ouví-la me faz ter a certeza que não importa o lugar onde eu esteja, o lugar para onde eu vá, Ele está sempre presente. Mesmo que meus olhos não O vejam e até mesmo quando eu não O sinto, isso me faz sentir segura...

Posso ouvir essa canção mil vezes, mas nunca me canso de ouvi-la! Cada palavra é renovada dentro de mim e a certeza de que Ele me conhece no íntimo, cada pensamento, cada sentimento...
Ouvi-la me transporta para os projetos e sonhos de Deus e saber que fui gerada, formada pelas mãos Dele, me faz sentir profundamente amada... E por isso não consigo segurar as lágrimas...