terça-feira, 9 de novembro de 2010

Labirinto de Pensamentos


Meus olhos percorriam a rua enquanto eu caminhava. As luzes trêmulas das luminárias, a brisa suave que batia nas folhas e as faziam cantar e havia poucos carros que passavam por ali.
Era por volta de nove horas da noite e minha mente se perdia em pensamentos.
Pensava no livro que acabara de ler e como ele havia mexido comigo. Pensava nos próximos que eu começaria e pensava se causariam o mesmo efeito que o último.
Eu estava no meio do caminho de volta para casa depois de um dia longo e cansativo, ainda havia muito a caminhar e temia me perder... Em pensamentos.
Particularmente gosto dos meus momentos em que fico sozinha. É nessa hora que ordeno pensamentos e ideias, é quando coloco tudo no lugar ou tiro tudo do lugar. Mas aqueles dias não eram bons para estar só, me sentia tão diferente e tão distante de tudo, pensava o que poderia ter causado essa enxurrada de sentimentos.
Não havia nada de concreto, não havia motivo, eu simplesmente me sentia daquela forma.
Continuei meus passos ansiosos para chegar em casa e poder entrar no meu mundinho de leitura que me deixava feliz e ver o lindo sorriso do meu Amor que me aguardava. Isso me deixava mais feliz ainda.
A cada instante a rua ficava mais vazia e as luzes mais fracas, algumas até apagadas estavam dando um toque sombrio e misterioso ao lugar. Eu ri, pensando que era o cenário perfeito para meus pensamentos.
Naquele momento meus pensamentos haviam se aquietado, pude vislumbrar ao longe minha casa e a luz que iluminava a frente dela. Apressei os passos para logo chegar ao refúgio e paz e encontrar os olhos brilhantes que me aquietavam.
Coloquei a pequena chave na fechadura. Abri e lá estavam aqueles olhos sorridentes e eu retribuí com um sorriso.
Meus pensamentos estavam agora, ordenados, sua confiança me fazia sentir segura. Amanhã seria um novo dia, teria o mesmo caminho a percorrer, talvez houvesse algumas mudanças no meu cenário e novamente os pensamentos viriam à tona. Talvez novos ou os mesmo, bons e ruins. Porém sabia que aqueles olhos me aquietariam e me fariam encontrar a saída da montanha de pensamentos que me cercavam a cada dia.
Aqueles olhos fariam eu me sentir bem e em paz. O abracei, e então fechei a porta.