terça-feira, 23 de setembro de 2008

Fui Capturada!

Ah, busquei palavras que pudessem descrever o que sinto, mas não as encontrei...
Eu te amo!
Essas são as palavras que mais se aproximam do meu sentimento. Quando começo a pensar e imaginar todas as coisas que fizeste por mim, brota um sorriso em meus lábios, sinto uma imensa alegria em meu ser... Sou apaixonada por Ti!
Teu amor tomou conta de mim, Teu toque e Tua voz me fizeram te amar mais, Tu capturaste meu coração e ele é totalmente Teu!
Entreguei-me, por mais que eu até relutasse, ah Teus olhos, foram eles que me prenderam a Ti. Olhos de amor, de compaixão, que me constrangeu!
O amor que por muito tempo procurei, em tantos lugares, pessoas, mas que só encontrei em Ti!
Tu soltaste minhas amarras, meus grilhões e hoje sou livre, Tu me deste a liberdade, me deste a escolha, e eu escolhi ficar presa a Ti! Tenho prazer nas tuas palavras, nos teus desígnios e eu decidi te servir!
Ah, eu te amo!
Tua voz me atraiu, foi ela que me fez apaixonar por ti. Teu toque me encheu de vida e teus olhos me fizeram crer, ter esperança!
Tuas mãos ergueram-me, em Teus braços me sinto segura e Teu amor me prendeu totalmente a Ti!

"Tu és o amor que todos procuram
Tu és o amor que alguns encontram
Tu és o amor que tomou conta do meu coração."
André Valadão

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Da espera ao encontro

Era um fim de tarde em setembro, Ângela passara o dia naquela varanda. Olhava o horizonte, ansiando ver seu cavaleiro cruzar a linha que cortava o céu do campo...
Havia passado três anos desde que Pedro fora para a guerra, a cada término das batalhas ou quando ficava só, ele escrevia longas cartas para sua amada. Já no final do segundo ano as lutas foram ficando mais intensas e os ataques mais freqüentes não sendo possível Pedro escrever para ela.
Em sua cidade, Ângela permanecia com o coração apertado, havia um ano que não recebia uma carta de seu amado, apesar da falta de notícias, ela sabia que ele ainda permanecia vivo. Seu coração lhe dizia isso!

Naquele domingo ao acordar, sentiu que a volta de seu bravo cavaleiro seria em breve. Preparou tudo, arrumou a casa, colocou seu mais belo vestido, soltou seus longos cabelos, se perfumou e sentou-se na varanda, onde eles haviam se visto pela primeira vez. A noite chegou, porém sem seu guerreiro. Ela, triste, todavia permanecia com o coração ainda ardendo, e foi para o interior de sua casa...

Na guerra, Pedro, a cada noite sonhava com ela, desejava ver a peleja acabar, para então correr para os braços de sua Ângela. Queria recostar-se no seu ombro e sentir seu doce perfume, afinal acabara de se casar quando foi à guerra. Era o mesmo sonho todas as noites, ela, em sua varanda, com seu vestido de menina, com a tiara em seu cabelo, como no dia em que se conheceram!



...Assim, Ângela fazia todos os dias, levantava, preparava a casa, colocava seu vestido e sentava-se na varanda a espera de Pedro... Passaram-se seis meses e Ângela não se cansou um dia, e fazia o mesmo ritual a espera dele.
Naquela sexta, Ângela mais uma vez fez todo o ritual, mas desta vez foi até seu quarto e de dentro do baú pegou seu antigo vestido, aquele em que vestia quando o vira pela primeira vez... Vestiu-se e foi para varanda... Passaram-se algumas horas, a tarde caía e nada de ver Pedro além do horizonte.


Eram anos sem ver seu amado, mais de um ano sem noticias e sua esperança começava a se esvair. Com o olhar triste e sem anseio levantou-se pronta a entrar para o seu recanto, quando diante da porta ouviu o galopar, sua respiração ficou ofegante, ela não queria virar-se e mais uma vez se decepcionar.
O som foi ficando mais próximo e então ela se virou, e o viu puxar as rédeas do cavalo. Por um breve momento eles se olharam, o silêncio pairou, parecia o primeiro dia, mas diferente, um correu de encontro ao outro e se abraçaram...
Foi um abraço forte e duradouro, valia por todos os anos em que ficaram afastados, anos de choro, angústia e naquele momento era a resposta de que tudo valera a pena!
A espera foi longa, a saudade interminável, mas ao se reencontrarem perceberam que o amor continuava latente em seus corações!
O que nem a distância e nem a guerra, conseguiram apagar!

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Uma Nova Dança!

No centro da sala, apenas eu, a musica e meu desejo de tocá-LO. Preparo-me, diante do espelho, quinta posição, braços erguidos, afinal é para Ele que vou dançar... A música então começa a tocar.
Danço expressando meu amor a Ele, o desejo de estar eternamente a Seu lado. Declaro toda minha gratidão e com todas as minhas forças danço para atrair Seus olhos.
Coreografo cada nota entoada, a cada frase um movimento. Faço piruetas, salto gran jetés e danço fouettés, vou embalada ao ritmo, ao som de cada acorde, buscando dar-Te meu melhor.
É então que em meio ao um giro me desequilibro e caio com o rosto ao chão... Como pude errar, eu penso?
Nessa hora, sinto Sua presença se aproximar e com um toque suave sinto Suas mãos sobre minha cabeça. Ele carinhosamente fala a meu ouvido, “Eu não quero uma dança perfeita, mas sim seu coração, sua vida totalmente entregue a Mim”. Eu sem conseguir conter minhas lágrimas, mantive-me com o rosto em terra e foi então que Ele estendeu Sua mão, em um gesto me convidando para dançar!
Quando me entreguei, novos passos começaram a surgir, novas expressões do meu corpo, nada pré-estabelecido, ou com movimentos ensaiados, era um dança totalmente nova, uma coreografia ensinada a mim, por Ele!
Eu já não ouvia a música que havia colocado, mas um som suave, uma batida como de águas e ao fundo um piano e violinos ditando a melodia. Era a musica mais linda que havia ouvido, era um som vindo do céu!
Percebi então que não era uma bela coreografia que Ele desejava, mas sim meu coração entregue. Ele me conduziu, ensinou Seus passos, Seus movimentos e deu-me uma nova dança!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Tu estavas lá!

Eu andava só, perdida, mas em meio a minhas caminhadas eu Te encontrei.
Se é que posso dizer assim, desde muito tempo Teus olhos já fitavam em mim, apenas esperavas o momento certo para se achegar.
Percorri muitos caminhos, muitas estradas, sorri, sofri, mas em todas elas me senti acompanhada, protegida. Meus olhos não enxergavam e eu não entendia, mas sabia que havia uma mão a me guiar!
Atravessei florestas, lagos, andei por trilhas tortuosas, que me fizeram cair, me machucar, chorar, mas em todos esses momentos Tu estavas lá!!
Correntezas me arrastaram, o mar sugava-me para seu âmago, não havia mais fôlego...
Foi quando em um desses momentos, quando não mais podia suportar, ouvi Tua doce voz a me chamar... Chamaste-me pelo nome e conhecias todas as minhas dores, todas as minhas aflições e todas as minhas limitações e me amaste da forma que eu era e me ofereceste transformação!
Por isso hoje, Te louvo, Te amo e Te adoro, pois me amaste com um amor incondicional e por saber que em todos os momentos estavas e estas comigo, sejam em minhas alegrias, em minhas conquistas, sejam em meio as minhas dores, decepções e por mais que eu não conseguisse ver... Tu estavas lá!!!

E eu só posso agradecer!!